O poder é do povo

sexta-feira, 3 de outubro de 2008 18:09 By Unknown

A campanha do TRE incentivando o eleitor a votar foi muita bonita. Frases bem feitas sobre democracia, a importância do voto, etc. Só que a gente sabe que tudo isso é poesia, pois a realidade é muito diferente. Primeiro porque a nossa democracia é um devaneio, um sonho, uma fantasia. Democracia que obriga a votar é autoritária. Não é legítima porque o voto não é a expressão da sua livre vontade e sim do ato de se cumprir a lei para não ser punido. Os cargos de vereador, deputado e senador, viraram empregos de famílias que há anos se mantém no poder e formaram os seus “currais eleitorais” e apenas legislam em causa própria e trabalham para o bem da família.
Não estou aqui pregando o voto em branco. Não, não é isso. Votar útil ou em branco não vai fazer a menor diferença, porque tudo vai continuar como está. Nada vai mudar. Os “pinóquios” estão aí com as mesmas promessas de antes. São os mesmos chavões de sempre e tudo na maior cara de pau. O que quero chamar a atenção é que cada um nesta eleição faça uma reflexão profunda e possa entender que realmente o poder é do povo. Estamos há anos tentando fazer isso da forma mais democrática possível. Mas, infelizmente, não conseguimos grandes avanços. O que temos que fazer é nos organizar em pequenas células, em nosso bairro, em nossa rua. Mas, longe, muito longe dos políticos ou de quem tenha alguma pretensão política. Com organização correta não iremos precisar de nenhum desses corruptos. Uma sociedade organizada, cada bairro lutando pelos benefícios e direitos de cada um dos seus moradores. Com razão jurídica para poder representar a comunidade em todas as instâncias, cada bairro irá trabalhar apoiado no Ministério Público que ajuizará tantas quantas ações forem necessárias para conseguir do poder público a prevalência dos direitos dos cidadãos. Cada comunidade irá fiscalizar as ações do prefeito, dos vereadores, dos deputados estaduais e federais e dos senadores. Deverá ficar inteirada do orçamento municipal e estadual para poder fiscalizar e cobrar as ações efetivas. Organizada, uma sociedade pode até apresentar projetos de interesse da coletividade e impedir a aprovação daqueles que contrariem os seus interesses. Esta é uma idéia factível, não é sonho e nem devaneio. Depende de cada um de nós fazer valer a vontade de todos. Vontade, que os políticos esquecem logo após colocar a mão na “botija”.

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